quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Conheça a diferença entre Psicólogo, Psiquiatra, Psicanalista

O termo “psi”, bastante utilizado pelas pessoas, muitas vezes pode ser permeado de confusão quanto aos significados, principalmente quando se refere aos profissionais indicados por este termo: psiquiatra, psicólogo ou psicanalista.



O psiquiatra é um profissional da medicina que após ter concluído sua formação, opta pela especialização em psiquiatria. Esta é realizada em 2 ou 3 anos e abrange estudos em neurologia, psicofarmacologia e treinamento específico para diferentes modalidades de atendimento, tendo por objetivo tratar as doenças mentais. Ele é apto a prescrever medicamentos, habilidade não designada ao psicólogo. Em alguns casos, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico devem ser aliados.O psicólogo tem formação superior em psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. O curso tem duração de 4 anos para o bacharelado e licenciatura e 5 anos para obtenção do título de psicólogo. No decorrer do curso a teoria é complementada por estágios supervisionados que habilitam o psicólogo a realizar psicodiagnóstico, psicoterapia, orientação, entre outras. Pode atuar no campo da psicologia clínica, escolar, social, do trabalho, entre outras.O profissional pode optar por um curso de formação em uma abordagem teórica, como a gestalt-terapia, a psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental.O psicanalista é o profissional que possui uma formação em psicanálise, método terapêutico criado pelo médico austríaco Sigmund Freud, que consiste na interpretação dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de uma pessoa, baseada nas associações livres e na transferência. Segundo a instituição formadora, o psicanalista pode ter formação em diferentes áreas de ensino superior.

Por Patrícia Lopes


MAIORIA DOS BIPOLARES RECEBE TRATAMENTO ERRADO NO BRASIL

Estudo indica que 66% dos portadores de transtorno bipolar no País não conseguem obter um diagnóstico preciso da doença, geralmente confundida com depressão, levando ao consumo de remédios inadequados que só pioram o quadro

Três anos se passaram até que o técnico em eletrônica Alexandre Vilaça, de 36 anos, descobrisse sua bipolaridade. Antes disso, foi diagnosticado com depressão, uma falha na identificação da doença que acomete 66% dos pacientes brasileiros com transtorno de humor bipolar, distúrbio psiquiátrico caracterizado por flutuações de humor em que o indivíduo alterna fases de hiperatividade com períodos depressivos.


Quando erroneamente diagnosticados, muitos pacientes bipolares são medicados com antidepressivos, o que pode piorar ainda mais o quadro psiquiátrico. “Nestes casos, os medicamentos fazem com que o paciente fique agitado e instável, prejudicando muito o relacionamento interpessoal, familiar e profissional dessas pessoas”, diz o psiquiatra Diogo Lara, professor da Faculdade de Biociências da PUC - RS e coordenador do Ambulatório de Bipolaridade do Hospital São Lucas. Segundo ele, confusões e erros de diagnóstico ocorrem principalmente com os pacientes bipolares do tipo II, que não costumam ter os episódios de mania (hiperatividade) e depressão bem marcados. As fases de prostração predominam - daí a confusão com os quadros puramente depressivos.
O panorama brasileiro do distúrbio bipolar foi apresentado durante do XXIX Congresso Brasileiro de Psiquiatria, que terminou ontem. Ele representa um recorte nacional da doença e faz parte de uma pesquisa mais ampla, feita em 11 países, com mais de 60 mil pessoas, divulgada neste ano pela publicação científica Archives of General Psychiatry. No mundo, o estudo apontou que a dificuldade em diagnosticar a doença também é grande: cerca de 57% dos pacientes não são identificados corretamente e, por isso, não recebem o acompanhamento de um especialista.
Pesquisas internacionais recentes apontam, afirma Laura, uma taxa em torno de 6%. O psiquiatra Lara concorda com a percepção da especialista da USP. “Atualmente, pesquisas já trabalham com números entre 6% e 7%”, completa.

Pesquisas internacionais recentes apontam, afirma Laura, uma taxa em torno de 6%. O psiquiatra Lara concorda com a percepção da especialista da USP. “Atualmente, pesquisas já trabalham com números entre 6% e 7%”, completa.


Para mudar essa situação, os médicos defendem uma atualização nos critérios de diagnóstico do distúrbio, que são de 1994. O objetivo é que a nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM - 5), editado pela Academia Americana de Psiquiatria e usado como referência mundial na área, inclusive no Brasil, traga elementos que permitam o diagnóstico precoce dos pacientes com transtorno bipolar. Na maioria das vezes, a doença é confundida com depressão, como no caso de Vilaça. Cada fase do humor bipolar pode durar meses e, geralmente, é apenas no ciclo depressivo que o paciente busca ajuda.


A falta de medicação específica contra a bipolaridade é prejudicial porque acentua a morte das células cerebrais. Além disso, os pacientes ficam mais sujeitos ao abuso de álcool e outras drogas. “Quanto mais tardiamente o indivíduo for tratado, mais perdas neuronais vão ocorrer”, diz Giuliana Cividanes, mestre em psiquiatria pela Universidade Federal de São Paulo. Com base em sua experiência clínica, ela diz que as pessoas demoram de 10 a 15 anos para se conscientizar sobre a doença e, então, iniciar o tratamento.

A identificação do transtorno é ainda mais difícil nos mais jovens, na opinião da psiquiatra Laura Helena Andrade, do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). “É difícil diagnosticar porque pode ser confundido com características da personalidade e, principalmente, com a crise de comportamentos da adolescência, se o paciente estiver nessa faixa etária”, explica.

Dados conservadores

A psiquiatra Laura participou do principal estudo epidemiológico sobre bipolaridade no País, em 1992, envolvendo três capitais: Brasília, São Paulo e Porto Alegre. Naquele momento, foi encontrada uma prevalência de 2,5% do distúrbio na população. Mas a própria pesquisadora admite que, hoje, esse número pode ser considerado “conservador”.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A vida começa onde termina a sua zona de conforto!



A zona de conforto pode ser sedutora, irresistível, “familiar” e desastrosa. Pode ser definida como a nossa tendência a fazer o que é fácil, cômodo e conhecido, sem intenção de interromper ciclos viciosos e improdutivos ou de começar algo novo ou desafiador, que demande autodisciplina, motivação e comprometimento e que cause dispêndio extra de energia e nos tire da inércia.


A origem da palavra conforto vem do latim, cumfortare, e significa aliviar a dor ou a fadiga. Está associado a “um estado prazeroso de harmonia fisiológica, física e psicológica entre o ser humano e o ambiente”. É a nossa tendência de evitar os medos, a ansiedade ou algum tipo de desgaste. Tendemos a ficar num território onde podemos predizer e controlar os acontecimentos. Que pode garantir um desempenho constante, porém limitado e com uma pseudo sensação de segurança.
As causas mais frequentes que nos fazem ficar na zona de conforto são:
· Preguiça: Quando o indivíduo sente cansaço, falta de energia, apatia, desinteresse, depressão, ansiedade, culpa, desmotivação ou tudo ao mesmo tempo...
· Soberba: Quando ele não sente necessidade de aprender nada ou de aprimorar-se, por achar-se pronto, “brilhante” e perfeito (“síndrome do copo cheio”).
· Medo: Quando tem receio de enfrentar os próprios medos: medo do desconhecido, dos riscos, das incertezas, do que pode acontecer, de perder controle ou do que os outros possam pensar.
· Miopia: Quando não se têm claros os impactos e as consequências de algumas atitudes e comportamentos em nossas vidas, no médio e longo prazos.
E quais as consequências de ficarmos neste estado letárgico, reativo e confortável? Várias...
· Desperdício do próprio talento: que é um processo de auto-sabotagem... Apesar da pessoa ter muito potencial, não consegue otimizá-lo nem transformá-lo em performance (como uma mina de diamantes lacrada, inexplorada e improdutiva).
· Impactos negativos na carreira, na imagem e na empregabilidade: ao invés da pessoa ter uma carreira ascendente e bem sucedida, fica estagnada ou até involui profissionalmente.
· Pode acarretar prejuízos à saúde (sedentarismo, obesidade ou dependência química), ao intelecto (perda de memória, de raciocínio e de agilidade mental), à psique (imaturidade, dependência, insegurança e áreas cegas) e à dimensão espiritual (falta de altruísmo, de senso de propósito e da capacidade de ajudar as outras pessoas).
· Pode fazer com que invistamos pouco no nosso autodesenvolvimento, que está ligado a aprender, a mudar nossos comportamentos, a evoluir e a buscar nosso sucesso.
Para finalizar, algumas dicas para não ficarmos na nossa zona de conforto e sermos pessoas realizadas, equilibradas e bem-sucedidas :
· Sonhem grande!
· Sejam muito competentes e comprometidos em tudo que fizerem.
· Sejam muito curiosos, nunca parem de estudar e aproveitem ao máximo os cursos que fizerem;
· Leiam MUITO;
· Façam intercâmbio no exterior (trabalho ou estudo);
· Façam parte de alguma entidade na sua área/ faculdade/ sociedade;
· Fiquem completamente fluentes em inglês e espanhol;
· Preocupem-se com a imagem que projetam para os chefes, clientes, fornecedores, colegas, professores, etc;
· Pratiquem esportes coletivos/ aventura;
· Façam trabalhos voluntários;
· Administrem seu tempo e sua energia com sabedoria (prazer + dever);
· Tenham lazer muito saudável e gratificante

Sandra Betti