segunda-feira, 7 de abril de 2014

As Cinco Fases do Luto – Kübler-Ross


A reação psíquica determinada pela experiência como a morte foi descrita por Elisabeth Kübler-Ross tendo cinco estágios:

1. Negação e Isolamento: são mecanismos de defesa temporários do Ego contra a dor psíquica diante da morte. A intensidade e duração desses mecanismos de defesa dependem de como a própria pessoa que sofre e as outras pessoas ao seu redor são capazes de lidar com essa dor. Em geral, a Negação e o Isolamento não persistem por muito tempo.

2. Raiva: surge devido à impossibilidade do Ego manter a Negação e o Isolamento. Nessa fase a pessoa expressa raiva por aquilo que ocorre, geralmente essas emoções são projetadas no ambiente externo, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado. Junto com a raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento.

3. Barganha: acontece após a pessoa ter deixado de lado a Negação e o Isolamento, “percebendo” que a raiva também não resolveu. Nessa fase busca-se fazer algum tipo de acordo de maneira que as coisas possam voltar a ser como antes. Começa uma tentativa desesperada de negociação com a emoção ou com quem achar ser o culpado de sua perda. Promessas, pactos e outros similares são muito comuns e muitas vezes ocorrem em segredo.

4. Depressão: Nessa fase ocorre um sofrimento profundo. Tristeza, desolamento, culpa, desesperança e medo são emoções bastante comuns. É um momento em que acontece uma grande introspecção e necessidade de isolamento, aparece quando a pessoa começa a tomar consciência de sua debilidade física, já não consegue negar as condições em que se encontra atualmente, quando as perspectivas da perda são claramente sentidas. Evidentemente, trata-se de uma atitude evolutiva; negar não adiantou agredir e se revoltar também não, fazer barganhas não resolveu. Surge então um sentimento de grande perda.

5. Aceitação: nesse estágio a pessoa já não experimenta o desespero e não nega sua realidade. As emoções não estão mais tão à flor da pele e a pessoa se prontifica a enfrentar a situação com consciência das suas possibilidades e limitações. Claramente o que interessa é que o paciente alcance esse estágio de aceitação em paz e com dignidade, mas a aceitação não deve ser confundida com um estágio feliz, ela é quase destituída de sentimentos.

Kübler-Ross originalmente aplicou estes estágios para qualquer forma de perda pessoal catastrófica, desde a morte de um ente querido até o divórcio, qualquer mudança pessoal significativa pode levar a estes estágios. Também alega que estes estágios nem sempre ocorrem nesta ordem, nem todos são experimentados pelas pessoas, mas afirmou que uma pessoa sempre apresentará pelo menos dois.

Fonte: Psicologia

TRAIÇÃO - COMO LIDAR COM ISSO

É muito dolorido, sofrido como uma pancada emocional. Para superar uma traição devemos saber muito bem quem somos, quais nossas prioridades, quais nossos valores e do que podemos abrir mão. Podemos fazer a autoanalise mas também podemos contar com um profissional.

Traição é como um vaso que se quebrou...

...pode ser colado novamente, mas sempre haverá marcas. A traição pode levar uma pessoa à depressão instantaneamente.

Não imaginamos que seremos traídos. Somos otimistas, ainda bem, pois se fossemos tão pessimistas, ou até mesmo realistas como alguns defendem, não entraríamos em nenhum relacionamento. As estatísticas estão aí para nos assustar: 70% dos homens e 40% das mulheres traem. Se eu dissesse para você que há 70% de chance de um determinado edifício cair tenho certeza que jamais você passaria perto de tal edifício. Mas continuamos, aliás, desejamos ter relacionamentos. Sofremos quando estamos sós. E este deve ser o motivo: a solidão também assusta, e por mais que doa ser traído sempre há uma chance de não acontecer, também há a chance de talvez não doer tanto, ou até mesmo de nunca sabermos que aconteceu. Mas quando acontece...

Porque dói tanto ser traído

A dor vem de vários sentimentos. A decepção com a outra pessoa, pois passamos a perceber que não a conhecíamos tão bem como pensávamos. A raiva de nós mesmos, pois pensamos que de alguma forma somos responsáveis. Pensamentos sobre nunca mais encontrar alguém que possa ser fiel aparecem com a traição e tornam a vida um tormento. Perdemos a esperança de sermos felizes novamente.

A pessoa traída se compara com o outra pessoa que foi objeto de traição, e se não sabe quem é pior ainda, pois sua imaginação o faz sentir muito inferior, feio, sem graça, menos inteligente que qualquer outra pessoa no mundo.

De quem é a culpa da traição?

De quem traiu. Não concordo com os defensores da teoria de que se um traiu é porque o outro era exigente, carente ou sei lá que defeito tenha. A traição é uma quebra de contrato. Foi combinado que isso não aconteceria, neste contrato nunca existe a cláusula “caso um se torne chato demais o outro terá o direito de traí-lo”. Dizer que foi obrigado a trair, que não teve saída... é balela! Traiu porque optou ou porque não soube segurar seus impulsos.

O que a psicoterapia pode fazer em caso de traição

Quando um psicólogo recebe a pessoa que sofreu a traição trabalha em primeiro lugar o fortalecimento de sua identidade como pessoa. Identifica a possibilidade desta pessoa se sentir culpada e a trabalhamos com a meta da superação desta auto- culpa . O psicoterapeuta trabalha no sentido de ajudar a pessoa a identificar quais são seus valores mais profundos, o que ela acredita e por quais pontos quer e precisa fortalecer em sua vida.

Jamais o psicólogo induz a qualquer decisão. Se esta pessoa romperá ou manterá este relacionamento dependerá exclusivamente de seu paciente. Não há verdades únicas e cada um tem seu estilo e características de vida. Caso o paciente decida romper o relacionamento o psicoterapeuta ajudará em sua reconstrução no sentido de abrir novas possibilidades de atividades e até de novos relacionamentos quando for o momento certo.


Caso o paciente decida manter o relacionamento o psicólogo ajudará a renovar a comunicação entre eles de forma a reconstruir a confiança.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Casamento é a dois! Não permitam intromissões...


Alguém certamente já ouviu alguém dizer que não é bom morar muito perto da sogra para que ela não viva na sua casa. Isso tem algum fundamento? Sim. Muitos sogras e sogros acabam por causa da proximidade, frequentando em demasia a casa dos filhos ou filhas e desta forma causando desconforto para o casal. Não é à toa que a Bíblia diz para não pisarmos de mais na casa do nosso próximo para que ele não se enfade de nós. E isso vale também para os sogros e sogras.

Muitos motivos de brigas entre os casais, são as influências da família do cônjuge no casamento. São os famosos palpites de sogra e sogro. Há testemunhos de casais  que  separaram por esses motivos.


A Bíblia é bem clara em relação a influencia dos pais no casamento. Em Gn 2.24 lemos: “"Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne." Observe que a Bíblia diz que os dois devem se tornar uma só carne, e não os quatros ou os seis (esposo, esposa, pai, mãe, sogro e sogra). A Bíblia não dá espaço para mais ninguém, além de marido e mulher.

 
Esse versículo instrui três coisas:


  1. O deixar é geográfico: marido e esposa não podem morar na casa dos pais. Isso inclui morar nos fundos - é a mesma coisa.Morar com os pais, abre espaço para que eles dêem palpites no casamento, além da autoridade da casa estar sobre o dono da casa, e não do marido;
  1. O deixar é emocional: ninguém consegue caminhar com uma nova família, preso a antiga. É preciso se desligar! Não quero com isso  instruir que devam deixar de honrar pai e mãe, mas os laços sentimentais devem estar mais fortes com a esposa, do que com a mãe e o pai. Se tiver que escolher entre seus pais e sua esposa, deve escolher pela sua esposa;
  1. O deixar significa ser financeiramente independente: Se ficarem dependentes dos pais, podem abrir a porta para a intromissão deles, pois vão achar que por estarem ajudando financeiramente, tem o direito de governar suas vidas. Caso tenham dificuldades e precisem da ajuda, deixem bem claro aos pais, que vocês continuam independentes.
Mas quero aqui ampliar essa questão da intromissão, não limitando somente aos sogros, sogras e demais familiares, mais quaisquer outras pessoas. Quando nos tornamos muito dependentes seja lá de quem for, amigos, pastores, conselheiros... estes podem se achar no direito de governar nossas vidas. Por isso o casal tem que procurar ao máximo resolver as suas questões matrimoniais sozinhos. Eventualmente, um conselho ou outro podem ser bem vindos, postos sempre à luz das Escrituras, sob oração. 

É preciso que o casal tenha consciência que na verdade não existe um modelo de família certo, mas existe o novo modelo de família que deve ser construído somente entre marido e esposa. É o casal que deve decidir isso. E quando há interferência demais de terceiros querendo ditar normas ou padrões para a vida do casal, isso acaba gerando conflitos sérios.


Às vezes pode ser difícil evitar a intromissão dos pais, principalmente, e de outras pessoas no casamento, mas é necessário colocar limites para o bem estar do próprio casal. Precisamos às vezes, depender o mínimo possível, ou depender de forma alguma, para evitar tais intromissões. Muitas vezes alguém nos ajuda de alguma forma, emprestam um bem, fazem um favor e acham que por causa disso tem o direito legal sobre a vida do casal. E não é assim que a coisa funciona. Quem ajuda deve fazê-lo de coração e não com pretexto para intromissões.


Devemos pois ter uma postura firme e ao mesmo tempo amorosa com nossos pais ou quem quer que seja. Sobre os pais, nunca devemos deixar  de honrá-los,  mas nunca permitir intromissões.