segunda-feira, 31 de março de 2014

10 HÁBITOS DE CASAIS FELIZES

Casamentos não são simples. Às vezes é necessária paciência e várias concessões para que as coisas caminhem bem. Mas afinal, o que é preciso para se ter um relacionamento feliz? Se você um cara que se preocupa com a qualidade da relação e trabalha para melhorar seu casamento, “pode aprender muito observando o comportamento de casais felizes”, é no que acredita o psicólogo Dr. Mark Goulston, do Psychology Today.
Separamos 10 dicas do psicólogo que ajudarão a melhorar a qualidade do seu casamento. Confira!
#1 Vão para a cama ao mesmo tempo - Algo comum no início do casamento, é preciso se atentar para que esta prática não se perca. Irem para a cama juntos é um símbolo forte de cumplicidade. Não importa se um de vocês dois sairá da cama mais cedo. O importante é o ato de dividirem este momento.
#2 Cultivar interesses comuns - Depois que a paixão inicial se acalma, é normal perceber que vocês tem poucos interesses em comum. Isto, porém, não minimiza a importância das atividades que você podem fazer juntos. Se os interesses comuns não estão presentes, casais felizes os desenvolvem. Ao mesmo tempo, não se esqueça de cultivar interesses próprios, isso irá torna-lo mais interessante para sua parceira.
#3 Andar de mãos dadas ou lado a lado - Caminhas lado a lado ou de mãos dadas, é criar e fortalecer vínculos. Para as mulheres é muito desconcertante quando o marido sai andando na frente ou caminha mais devagar querendo ficar para trás. Não deixe que o tempo e a rotina tirem de vocês este hábito tão comum durante o período do namoro. Casais felizes conversam, admiram a paisagem, juntos.
#4 Crie padrões de confiança e perdão - Criar estes padrões ajudará a evitar alguns incômodos ao longo do casamento. Casais felizes quando se desentendem conversam e confiam um no outro e perdoam, se for o caso, ao invés de criar um ambiente de relutância de desconfiança.
#5 Concentre-se nos pontos positivos de sua parceira -  Se você começar a procurar defeitos em sua esposa, é certo que encontrará. O mesmo acontece com as qualidades. Tudo depende do que você procura! Casais felizes preferem observar e acentuar as qualidades um do outro e isso os ajuda a lidar com os defeitos.
#6 Se abracem ao se encontrar - Nossa pele tem memória, e ela guarda o "bom toque" (amado), "mau toque" (abusado) e "sem toque" (negligenciado). O contato proporcionado por um beijo rápido não é suficiente para ativar esta “memória”. Casais que dizer “olá” com um abraço mantém sua pele impregnada pelo "bom toque".
#7 Diga "eu te amo" e "Tenha um bom dia" todas as manhãs - Esta é uma ótima maneira de ajudar sua parceira a lidar com tranquilidade com toda a correria e stress do dia a dia, como engarrafamentos, problemas no trabalho, etc.comprar um pouco de paciência e tolerância que cada parceiro estabelece a cada dia para os engarrafamentos de batalha, longas filas e outros aborrecimentos.
#8 Dizer "Boa noite", todas as noites, independentemente de como você se sinta - Isto diz a sua parceira que, independentemente de quão chateado você esteja com ela, você ainda quer estar na relação. Dizer boa noite, mesmo chateado, é o mesmo que dizer que a relação de vocês é maior do que qualquer incidente.
#9 Verifique como está sendo o dia dela - Dê um jeito de conversar com ela em algum momento ao longo do dia para saber como vão as coisas. Esta é uma ótima maneira para estar em sintonia e ajustar suas expectativas. Se ela estiver em um dia terrível, você estará pronto para acolhê-la quando chegar em casa.
#10 Tenha orgulho de ser visto com ela - Casais felizes têm o prazer de serem vistos juntos e estão frequentemente em algum tipo de contato afetuoso. Quando se está seguro quanto ao que sente, o homem não tem vergonha de demonstrar seu afeto publicamente, já que isso é expressão de sua realização e felicidade.
Fonte: areaH

sexta-feira, 28 de março de 2014

O que é resiliência ?


Os resilientes são aquelas pessoas que passam por dificuldades, como todo mundo, só que a reação deles não é igual a de todo mundo, com eles a coisa é diferente, por mais fortes e traumáticas que sejam as dificuldades, eles superam.
O resiliente é aquele que, mesmo quando perde o emprego, morre o amigo, a esposa pede o divorcio, repete na escola, ainda assim, ele continua lá, firme e forte, ele não se deixa derrubar.


E você se pergunta: “Como esse cara consegue?”. Ele consegue porque é resiliente.
Resiliência é um atributo da personalidade, que pode ser desenvolvido.
Posso aprender resiliência?
Se você não nasceu resiliente, se você é do tipo que se abate até porque não te convidaram pra festa que nem queria ir, se abate até com o vizinho que  não te cumprimentou, ainda assim dá pra desenvolver resiliência, dá pra aprender a ser flexível e superar.
Diante dos problemas ocorre sempre uma desintegração psíquico-emocional.
Para encontrar novas formas de lidar com a vida, existem sete fatores importantes:
Estes sete fatores foram selecionados por serem bem concretos, e podem ser aprendidos no processo terapêutico.


Os fatores da resiliência são:
Administração das Emoções é a habilidade de se manter sereno diante de um problema. E também a capacidade de usar as pistas e “ler” as outras pessoas, pra saber o que fazer.
Controle de Impulsos , não se deixar levar impulsivamente por uma emoção.
Otimismo . É a crença de que as coisas podem melhorar. É esperança e, convicção na capacidade de controlar o seu destino.
Análise do Ambiente . É a capacidade de identificar as causas dos problemas, isso permite que a pessoa se coloque num lugar seguro. Saber identificar quando é hora de falar e quando é hora de calar.


Empatia significa a capacidade de compreender os estados psicológicos dos outros (as emoções e sentimentos) e saber como agir com as pessoas.
Auto Eficácia , É a crença de que  você consegue resolver seus problemas.
Alcançar Pessoas . É a capacidade de se vincular a outras pessoas, sem receios e sem medo. É a capacidade de se entrosar com a outras pessoas, construir redes de apoio.
Há muito tempo a ciência vem observando certas pessoas, que têm a capacidade de superar as piores situações, e compara com outras que ficam presas, infelizes, na angústia.
Por que certas pessoas são capazes de se levantar mesmo depois um grande trauma e outros ficam no fundo do poço?


Estudos têm mostrado algumas explicações:
- A biologia defende o ponto de vista de que cada ser humano é dotado de um potencial genético que faz com que ele seja mais resistente que outros.
- A psicologia, vê a importância do relacionamento com a família, principalmente na infância, que vai construir a capacidade de suportar crises e suportar essas crises.
- A sociologia diz que a influência da cultura, das tradições é que é importante.
- A teologia vê a necessidade do sofrimento como fator de evolução espiritual: o “dar a outra face”.


Mas não importa a explicação, o que importa é que tem um grupo de pessoas, homens, mulheres, crianças, velhos, que conseguem retomar a vida depois a morte de um filho, a perda de uma parte de seu corpo, a perda do emprego, doenças graves, físicas ou psíquicas, e olha que isso são razões suficientes para acabar com a vida de muita gente.
A resiliência é um termo que vem da física
Se refere a capacidade dos materiais de resistirem aos choques.
Esse termo passou por uma adaptação nas ciências humanas e hoje representa a capacidade de um ser humano de sobreviver a um trauma, a resistência do individuo , não só a resistência física, mas a visão positiva pra reconstruir a vida,
Mas não se é resiliente sozinho, embora a resiliência seja íntima e pessoal. Um dos fatores de maior importância é o apoio, é o acolhimento feito por outra pessoa ou pessoas, e que pode ser também o terapeuta, o psicólogo.


E como que se sabe que a pessoa não foi afetada por um trauma? É quando ela ainda se mostra capaz de amar, de trabalhar e assumir seus direitos e deveres depois de ter acontecido algo muito ruim com ela.
Para se tornar resiliente você pode contar com um psicólogo que vai te ajudar a desenvolver a sua auto-estima e autoconfiança.


O que mais destrói uma pessoa é a descrença, a descrença que vem quando alguém sofre um problema sério, que, pode ser um irmão que só aprontou na vida e agora é você que tem que juntar os cacos, pode ser seus pais que estão doentes e você tem que cuidar deles, pode ser uma doença que apareceu pra você mesmo, , o namorado que deu o fora, a empresa que faliu,, nestas situações a pessoa tende a não ter mais vida, pra todo lado que olha só vê dificuldade e problemas, e não consegue analisar as alternativas de resolução.


Você pode estar pensando... “é isso aí, resiliência é a solução, é disso que preciso”, saiba que o desenvolvimento da resiliência começa pelo aceitar o desafio, onde se reconhece a existência do problema e também se percebe que existem soluções.
A palavra Resiliência vem do Latim. Resilire, que significa recusar, voltar atrás. E na psicologia, significa voltar ao estado anterior, voltar ao que você era antes dos problemas te pegarem.


Em física Resiliência é a capacidade que um material tem de suportar grandes impactos de temperatura e pressão, se deformar ao extremo, mas pouco a pouco conseguir se recuperar e voltar à sua forma anterior.
Ou seja, resiliência é a capacidade que um material tem de se deformar inteirinho, quase “morrer”, mas depois conseguir ir voltando ao que era antes e se refazer e se reconstruir.
Resiliência X Comportamento
Quando falamos em comportamento, resiliência significa a construção de novos caminhos de vida a partir do enfrentamento de situações muito estressantes ou traumáticas.


Desde os fins dos anos 70 discute-se porque algumas crianças, por exemplo, criadas por pais alcoólatras, não apresentavam problemas de comportamento ou psicológico, mas tinham uma qualidade de vida interessante, e a partir dessas pessoas, naturalmente resilientes, é que começou todo o estudo sobre ao assunto, principalmente pra aprender com essas pessoas, e transmitir, para quem mais precisar, as estratégias certas pra que consigam também ser resilientes.


Existe um ciclo muito triste, a vítima tende a se tornar um agressor, ela passa a ser ela quem agride, e pode acabar em tentativas de suicídio, abuso de álcool ou drogas, depressão, automutilação e isolação, e outros sintomas.
Carlos Drumond de Andrade, uma vez escreveu: “A dor é ineviestável. O sofrimento, opcional”.


Esta é a lucidez do poeta que, do seu modo, ta falando de, Resiliência.
Na neuropsiquiatria existem estudos demonstrando que nosso cérebro tem a capacidade de se modificar continuamente. Ou seja, temos uma capacidade de renovação eterna, podemos melhorar sempre é só saber como usar essa capacidade. E eu faço questão de frisar isso porque tem gente que diz, assim ”agora não dá mais tempo, já to velho” ou então fala assim.. “depois que eu passei por aquele trauma fiquei muito machucado, nunca mais vou me recuperar”, Recupera sim, a ciência ta mostrando que você pode ser uma nova pessoa, é só querer e trabalhar pra isso. Como eu sempre digo, não consegue sozinho? Conte com um psicólogo!


Infelizmente tem gente que acaba se deixando levar de forma passiva, nada saudável, pelos dissabores da vida. A resignação impede a luta contra os problemas,  vira acomodação, e você fica paralisado
A gente diz que essas pessoas sofrem da "Síndrome da Gabriela": "eu nasci assim, eu cresci assim, sempre fui assim. Gabriela, Sempre Gabriela". Lembram da musica?
Ser resiliênte é ser feliz?


Tem gente que acha que superar, enfrentar, é fazer o “jogo do contente”, não é não! Sorrir feito um João Bobo e fazer as pessoas pensarem que esestá tudo bem não resolve problema nenhum.
Outras pessoas são, totalmente, reativas. E só reagido aos outros, são os outros que determinam seu estado de espírito. Se te tratam bem, esestá feliz, se o tratam mal, fica mal, Suas reações são, reclamar e se lamentar.
A revolta é uma das principais características de comportamento do não resiliente, “isso não devia ser assim, o outro devia fazer assim”, revoltado e inconformado cheio de devias e deverias , “porque aquele cara fez aquilo, ele não podia ter feito“.


Desenvolvendo, aprendendo a ser resiliente você aprende a confrontar as situações, enfrentar as tensões, ter desenvoltura, de cada experiência você faz um aprendizado positivo. Ao invés de focar no problema, foca na solução.
Por exemplo: morreu seu cachorrinho, claro que vai ficar triste mas aprende sobre a finitude da vida, Foi demitido, claro que vai ser um choque, mas usa a oportunidade pra arranjar uma colocação melhor ainda porque agora conhece mais do mercado de trabalho.. e por aí vai.
Não é por casualidade que a palavra "desenvolvendo" foi adicionada na frase acima. Todo mundo pode desenvolver resiliência.


A Resiliência não é só um traço de caráter herediestário que você tem ou deixa de ter. É uma conquista pessoal.
Não é à toa que você cresce mais como ser humano justamente nos momentos de dificuldade!


O ser humano precisa enfrentar desafios para testar seus limites. Enquanto você não enfrenta uns desafios você fica medíocre.
Em todas as mudanças do ciclo da vida, mudar de solteiro pra comprometido, de casado pra divorciado, de empregado pra desempregado, em cada mudança é preciso abandonar sua atitudes antigas pra conseguir enfrentar as novas exigências.


Variáveis fundamentais para o fortalecimento da Resiliência: disciplina e autoconfiança
*Disciplina - O problema não e está na realidade, mas na forma como reagimos a essa realidade. O problema não são as coisas que te acontecem, o problema é o que você faz com as coisas que te acontecem.
A gente sabe que não tem como evitar tudo quanto é situação desagradável, que acontece na sua vida na minha na sua, mas, a maneira como você reage a elas é que vai definir o seu sucesso.


*Autoconfiança - Essa é a maior característica do comportamento resiliente. A superação só acontece quando antes de tudo, você acredita em seu potencial, na sua capacidade de agir positivamente.
Outra análise pode ser feita em relação á vida profissional, a baixa Resiliência é a responsável pela saída de muitos profissionais no mundo corporativo, porque nunca, em momento algum, foi tão necessária a capacidade de flexibilização diante das dificuldades. A pessoa que não consegue administrar seus problemas, precisa mudar o foco, precisa ajustar as velas, "resignificar", para que os obsestáculos sirvam como alavanca de seu desenvolvimento profissional.


Antigamente uma pessoa conseguia um emprego, passava  a vida no mesmo emprego, que funcionava da mesma forma a vida toda, e nela a pessoa se aposentava, e isso era lindo!
Hoje as coisas mudam muito rápido, não basta só aprender informática, a cada hora tem um programa novo pra aprender, se a pessoa não for resistente e não gostar de desafios, está perdida, está fora do mercado.


A música ‘Volta por Cima’, de Paulo Vanzolini, tem muito a ensinar sobre Resiliência. O refrão diz: "Reconhece a queda e não desanima. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. É disso que falamos hoje, dar a volta por cima.


Lembram do Lars Grael, aquele esportista que sofreu um acidente terrível? Numa entrevista lhe perguntaram sobre qual teria sido a lição aprendida desse episódio, Lars Grael disse: "O erro das pessoas, em geral, é se voltar para trás. Comparar o agora com o que tinham antes. Se eu fosse comparar minha vida anterior com a vida que levo hoje, com certeza teria entrado em depressão. Mas não adianta ficar olhando para trás. Temos que lidar com o "aqui e agora”.


Cada um de nós tem um ponto frágil que precisa ser cuidado com mais atenção.
Quando alguma parte da vida esta aborrecida, sem graça ou difícil de ser contornada, é sinal de que precisa de dar mais atenção a essa parte, mas tem gente que quando tem um problema vira avestruz, enfia a cabeça no buraco e espera o problema passar, mas não passa.


Se você perceber alterações de humor, de disposição para suas atividades, aumento de tensão e diminuição da alegria de viver, você precisa parar e ver o que pode fazer para mudar isso.
E não vai ser na farmácia mais próxima que você vai comprar uma vida mais bacana. É preciso conquistar, com esforço, a alegria de viver, e as lições estão dentro de você, basta saber ler estas lições.
Não consegue sozinho, pense na possibilidade pedir ajuda a um profissional, pense em você fazer sua terapia
Desenvolva resiliência porque uma pessoa resiliente não se abate com facilidade, não culpa os outros pelos seus fracassos, ela luta.
Pensamentos como tudo é difícil, “não consigo mudar o rumo da minha vida” ou “ninguém faz nada por mim”, esses pensamentos são os que te derrubam, mas se você não consegue se livrar deles, precisamos fazer alguma coisa, o que não pode é ficar parado esperando a vida passar.


A gente sabe que toda mudança pode trazer insegurança, medo do novo, bate aquela vontade de manter o velho e confortável conhecido, claro é mais confortável.  Mas se você não fizer nada a tendência é de que os problemas fiquem cada vez piores a cada dia que passa, vão surgindo sintomas, de angústia, depressão, distúrbios psicossomáticos,
O autoconhecimento é a base para qualquer mudança de vida e, a ajuda de um psicólogo facilita esse processo.


Na vida, podemos ser problema, ou solução. Se você for só o problema, ninguém vai gostar de ficar do seu lado, porque você vai ser uma pessoa amarga. Mas, se você for solução, aí vai ter a chance de conquistar a maturidade com sabedoria. Cada um escolhe o seu caminho!
Resiliência pra quê?
Na vida é preciso desenvolver a resiliência para conseguir ultrapassar as fases de, adolescência, sair da fase adulta e ir para velhice, mudanças como de solteiro para casado, emprego novo, divorcio, aposentadoria, etc.


Quem não tem resiliência é o chamado "homem de vidro", que é aquele que se "quebra” diante de qualquer pressão. E olha que tem gente que se quebra com pressões bem estranhas, se quebra porque está chovendo, se quebra porque o filho vai viajar, porque tem que mudar de horário na faculdade, porque levou o fora da namorada.


Diante deste quadro, não há como deixar de sentir-se apequenado. O desânimo comparece em ombros arqueados e olhos sem brilho que pedem para derramar lágrimas. Então, choro.
Esse é um exemplo de não resiliência.
Eu aprendi que não adianta brigar com problemas. Se a gente não enfrenta, acaba sendo destruído por eles.


E quando você não soluciona de forma adequada, ele volta, volta e lhe dá uma rasteira maior ainda.
A felicidade, como já mencionou um grande autor, não é a ausência de problemas. A ausência de problemas é o tédio.
A felicidade são grandes problemas bem administrados.
O importante é aprender a combater as doenças da mente. Esse é o trabalho da terapia. Percebe-las, identifica-las, respeita-las e, aniquilá-las.
Mas nem tudo está perdido para você que perde o controle diante do primeiro obstáculo.
É possível desenvolver essa característica.

terça-feira, 25 de março de 2014

O QUE É AUTISMO?


O Autismo é um termo geral usado para descrever um grupo de transtornos de desenvolvimento do cérebro, conhecido como “Transtornos do Espectro Autista” (TEA). O TEA são um conjunto de manifestações que afetam o funcionamento social, a capacidade de comunicação, implicam em um padrão restrito de comportamento e geralmente vem acompanhado de deficiência intelectual. O TEA é constituído pelo Autismo, a síndrome de Asperger e pelo transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação. Nos manuais de classificação esses quadros estão localizados dentro do capítulo dos transtornos globais do desenvolvimento (TGD), que inclui além dos TEA, a síndrome de Rett e o transtorno desintegrativo. 

Em comum, as pessoas que fazem parte do TEA apresentam dificuldades em entender as regras de convívio social, a comunicação não-verbal, a intencionalidade do outro e o que os outros esperam dela. Com essas dificuldades funcionais, o impacto na eficiência da comunicação é muito grande, fazendo com que o desenvolvimento do cérebro social mantenha-se cada vez mais insuficiente para exercer as funções necessárias para a interação social.
Os sintomas do autismo normalmente permanecem com a pessoa durante toda a sua vida. Uma pessoa pouco afetada pode parecer apenas um tanto diferente e ter uma vida normal. Uma pessoa gravemente afetada pode ser incapaz de falar ou cuidar de si mesma. A intervenção precoce pode fazer uma grande diferença no desenvolvimento da criança. A maneira como seu filho age e se comporta atualmente pode ser muito diferente de como ele agirá e se comportará no futuro.
Atualmente não existe um teste médico específico para o diagnóstico de autismo. O diagnóstico baseia-se na história de vida do paciente, no comportamento observado em diversas situações e em testes educacionais e psicológicos. Como os sintomas do autismo variam, as vias para a obtenção do diagnóstico também variam. Em algumas crianças são identificados atrasos no desenvolvimento antes delas serem diagnosticadas com autismo e assim podem receber intervenção precoce ou serviços de educação especial.
Evidências recentes sugerem que os primeiros sinais do autismo podem ser vistos em crianças bem novas, com 8 a 10 meses de idade: podem ser mais passivas, mais difíceis de acalmar ou não reagem quando alguém chama seu nome. Algumas crianças com autismo apresentam, por volta de um ano de idade, prejuízos de orientação ao estímulo social (ex: orientação social, de atenção compartilhada, de interação social e de antecipação, de balbuciar, de gestos, de pronúncias de palavras e de imitação). Alguns desses primeiros sinais podem ser notados pelos pais, outros podem apenas ser observados com a ajuda de um clínico especialista.
Os diagnósticos de TGD e autismo baseiam-se, atualmente, nos critérios internacionais propostos pelo CID (Classificação Internacional de Doenças) e pelo DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders). A inclusão do diagnóstico de autismo, como um transtorno de desenvolvimento, ocorreu somente na terceira edição do DSM, em 1980, definindo o autismo como um “grave distúrbio do desenvolvimento, que compromete diferentes áreas do comportamento de forma difusa e em caráter permanente”. 
Fonte: Autismo & Realidade

quarta-feira, 19 de março de 2014

Esperando o segundo filho e PREPARANDO o primeiro!



Esse é um momento muito especial na vida da família, a chegada de um novo filho!
Nesse caso, que já existe o primeiro filho, os pais já não são mais inexperientes na maternidade/paternidade, mas o filho mais velho, terá que passar por algumas adaptações e, a principal, e muito importante para ele, é a de dividir o amor dos pais, além do espaço, quarto, brinquedos e enfim deixar de ser único.

É na gravidez que começa a transformação.Importante: as visitas que vão conhecer o bebê devem também enxergar o filho mais velho que está ali esperando uma atenção!Os sentimentos de: raiva, agressividade, ciúmes, são sentimentos normais e não devem ser simplesmente repreendidos. Eles devem ser entendidos e elaborados.
Temos que ter em mente que é essencial ajudar o primogênito a passar por esse momento, que não será simplesmente um presente aquele irmãozinho que vai nascer, como as vezes comentam os pais entre si, pode ser um presente a longo prazo, mas no início existem aspectos importantes para serem entendidos, para que a criança possa elaborar bem esse momento.
Mostre que ele também já esteve na barriga, reveja os exames, fotos de quando ele nasceu, vídeos de bebê e o ajude a entender que ele já passou por isso, além de ajudá-lo a entender o que você está passando agora.
Se existirá alguma mudança abrupta na vida do primeiro filho, é recomendado ainda que ela aconteça antes da chegada do segundo, para que ele não faça associações negativas, do tipo, fui para a escola porque ele chegou, ou ainda não se sinta rejeitado. É importante, para o primeiro filho, tentar manter a rotina dele o mais próximo do que era, para que ele não se sinta inseguro com grandes mudanças, pelo menos nos primeiros meses.
Envolver o seu filho na gravidez e nas atividades diárias do novo bebê não significa exatamente atribuir responsabilidades ao seu pequeno. As responsabilidades do bebê, bem como a decisão de tê-lo, devem ser do casal, e não “jogadas ao primogênito”. Peça para que ele busque uma fralda para você trocar o bebezinho, provavelmente ele se sentirá importante em participar, de uma maneira autônoma.
Algo importante também é falar sobre as visitas, que entram por vezes, passam pelo irmão mais velho, não dizem nada e vão direto ao quarto do bebê. A maioria dessas pessoas enxergam apenas o bebê naquele momento e se esquecem da outra criança. Dê dicas aos visitantes, inserindo sempre no contexto o primogênito, chame-o para mostrar o bebê, valorize coisas novas que ele tem aprendido, elogie seus avanços, envolva-o no assunto, e logo a visita perceberá e entrará no clima.
Não se esqueça, o mais velho, precisa se sentir amado, e isso não é qualitativo ou quantitativo, tudo depende da percepção de amor dele. As vezes o casal comenta que está dando muito amor ao filho, mas isso é a percepção do casal e não do filho. Tenha paciência e muito amor para enfrentar esse momento, entenda que é delicado para o seu filho e tente tranquilizá-lo, pois se ele sentir que você está ansioso e inseguro, ficará assim também.
Você pode ajudar a criança a falar sobre esses sentimentos, mesmo que na linguagem dela, para que ela possa desabafar. Mas seja firme, imponha limites, eles podem não ter a real percepção das consequências, de suas ações de agressividade por exemplo com o bebê. Mostre sempre as vantagens de ser o irmão mais velho, que ele já sabe andar, falar, brincar, correr, que ele já vai para a escola e que poderá ajudar o irmãozinho a fazer tudo isso que ele já sabe. E reserve uma parte do dia para que ele ainda receba a atenção exclusiva, mesmo em menos quantidade.
E as investigações em psicologia familiar nos ajudam ainda a tranquilizar sobre as vantagens de se ter irmãos, sabia que a relação entre irmãos tem uma influência considerável no nosso desenvolvimento social e emocional enquanto adultos? É com os irmãos é que se aprende a complexa dinâmica de viver em sociedade, em que se é necessário  fazer concessões, perseverar, lutar por seus direitos e conviver.
Dra. Fabiana Faggiani / Psicóloga Clínica

segunda-feira, 17 de março de 2014

AMAR NÃO É PARA TODOS


O filósofo e escritor francês Albert Camus disse uma vez que o único tema filosófico que valia a pena era o suicídio. Às vezes, por outras razões, me ocorre que o único tema relevante sobre os relacionamentos cabe numa única pergunta: você é capaz de amar alguém que retribua os seus sentimentos? A resposta automática a essa pergunta, em quase 100% dos casos, é afirmativa. “Claro que sim”. Mas, espere um pouco. Aproveite o momento solitário em frente desta tela e considere, sem risco de ser descoberto: você já gostou de alguém a ponto de deixar algo de lado por ele ou por ela? Já se percebeu duradouramente conectado a outro ser humano, de forma que ele deixasse de ser um estranho? Já sentiu que vida de alguém o preocupava – e o atingia - quase como se fosse a sua própria vida?

Quem consegue dizer sim a isso tudo e não está numa relação imaginária – ou platônica – com a pessoa do andar de cima, parabéns. Ao contrário do que diz a lenda, esse negócio de amor não é para todo mundo. Se houvesse um teste emocional capaz de medir nossas emoções, acredito que ele mostraria que boa parte da humanidade não consegue estabelecer relações românticas profundas e duradouras.
Penso no sentimento geral de que é bom estar na companhia da sua pessoa, em vez de estar com qualquer outra. Penso em passar um dia, uma semana, um mês, sem cogitar em cair fora. Imagino um período, qualquer que ele seja, sem que os sentimentos e as sensações se voltem para fora da relação, em busca de horizontes que não estão lá. Quando eu falo em amor, penso em satisfação, ainda que temporária. Quem passa no teste? Não muitos, imagino. O que nos leva de volta ao primeiro parágrafo e à capacidade de amar, que raramente é confrontada. Por alguma razão inexplicável, estamos acostumados a atribuir o sucesso ou fracasso dos nossos relacionamentos apenas aos outros. Ela não me quer, não corresponde meus sentimentos, não é constante. Ou talvez seja algo na atitude dele, na maneira como fala, toma sopa ou ganha a vida que fez com que eu me afastasse.
Em poucas palavras, nossos sentimentos parecem depender apenas do que o outro faz ou é, não de nós. Isso acontece desde o início. Aos 13 ou 14 anos, quando nos apaixonamos pela primeira vez, a “causa” da paixão é o outro. Sua beleza, seu comportamento, seu sorriso. Achamos que vem tudo de fora. Nem reparamos na elaboração interna do nosso sentimento. Não perguntamos o quê, na nossa personalidade, faz o outro tão atraente. Damos de barato que aquela pessoa é responsável pelo que sentimos, embora os sentimentos emanem de nós. Essa exteriorização prossegue pelo resto da vida. Quando as coisas não dão certo – no casamento, no namoro, no caso – rapidamente culpamos o outro e partimos para a reposição, sem investigar nossos sentimentos. Trata-se apenas de procurar com afinco até encontrar a pessoa certa.
Mas existe pessoa certa para quem não consegue transpor a barreira de si mesmo e criar uma conexão duradoura com o outro? Temo que não. Minha impressão é que aprender a amar é trabalho para a vida inteira. Exige abrir mão do egoísmo, que é imenso. Supõe a capacidade de se encantar com aquilo que não é apenas um reflexo de nós. É essencial, sobretudo nos homens, superar o fascínio boçal pela aparência, que em muitos casos funciona como um sinal de trânsito indicando o caminho para a pessoa errada. Ao final, como tantas outras coisas na vida, também essa precisa de tempo e de atenção.
Tempo para se conhecer e perceber suas próprias dificuldades. Atenção para não se perder em falsas questões. No frigir dos bolinhos, o problema não deve ser apenas a imperfeição do outro, que existe e é imensa. O problema talvez seja a sua, a minha, a nossa incapacidade de superá-la. De amar, apesar dela.
Autor: Ivan Martins, editor-executivo Época.
Fonte: Epoca